Este
não é exatamente um texto nos moldes do que costumo escrever. Aprendi a amar a
crônica na faculdade de Jornalismo e lendo gênios do estilo, como Luis Fernando
Veríssimo, Marcelo Rubens Paiva, Rubem Braga e Fernando Sabino. Por isso,
sempre que escrevo, busco este formato. Mas hoje não. Hoje escrevo um desabafo
sem forma e sem modelo, apenas um grito silencioso no meio do barulho em que
vivemos. E como desabafo, não peço que você concorde ou discorde, apenas
escute/leia e, caso deseje, ore por mim.
Acredito
em Deus. Não em um deus qualquer, não em um deus que cabe em rótulos nem em
modelos/métodos. Acredito no Deus criador de todas as coisas. Acredito em um
Deus que ama, mesmo sem ser amado de volta. Mesmo sem ser reconhecido como
Deus, sem ser admirado e obedecido como tal, acredito que esse Deus ama a todos
da mesma maneira.
Acredito
em um Deus redentor, que sopra seu Espírito onde quer, em quem quer, quando
quer. Acredito que esse Deus fale através de quem ele quiser, mesmo que seja
uma pessoa que não se encaixe em nenhum modelo religioso/eclesiástico, mesmo
que seja uma pessoa considerada impura pelo pensamento vigente. Sim, acredito
em um Deus que fala, que tem voz, que se manifesta.
Acredito
em um Deus de muitas faces, face negra, face branca, face asiática, face
indígena. Acredito em um Deus de vários ritmos e de muitas culturas. Acredito
em um Deus que redime todas as coisas e todos os lugares. Acredito em um Deus
que é misericordioso com todos, independente de méritos. Acredito no Deus que
deseja que seu povo ame sem reservas e viva como um só coração, uma só mente,
um só corpo.
Por
acreditar nesse Deus, sofro quando vejo outro deus sendo pregado (vendido).
Nesse deus que troca favores, que condiciona sua graça, nesse não creio. Nesse
deus que opera a partir de uma lista de regras obedecidas – e que “pesa a mão”
quando as regras são desobedecidas, nesse não creio. Nesse deus que não entra
em alguns lugares porque são imundos, nesse deus que não se relaciona com
algumas pessoas porque são imundas, nesse não creio. Nesse deus cuja bênção
pode ser medida pelo tamanho do patrimônio, pelo número de zeros na conta
bancária, pela grife da roupa ou pelo ano do carro, nesse não creio.
Acredito
no Deus pai, soberano sobre tudo e todos, no Deus de Abraão, de Moisés, de
Davi, de Isaías, de Zacarias, de João, de Paulo. Acredito no Deus da Ana, do
Bernardo, do Felipe, da Cristina, da dona Josefa, do seu Zé. Acredito no Deus
que ama, salva, restaura, reconstrói e liberta. Nesse Deus, o Altíssimo, nesse
eu acredito.
Ótimo, Parabéns... eu também Acredito nesse mesmo...
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